domingo, 3 de abril de 2011

Nanotecnologia e o futuro ;

É isso a nanotecnologia: a construção, com precisão, de novas estruturas à escala molecular. O homem pode hoje, a um nível profundo, competir com a Natureza e acelerar a evolução (a recentíssima nanobiotecnologia não é mais do que a nanotecnologia que se pode fazer com base em alguns componentes biológicos). Para que servem as novas nanoestruturas? Para o que se quiser, sendo os limites apenas impostos pela nossa imaginação, ou melhor, pela nossa falta de imaginação. Podem servir para pura brincadeira - fazer os logotipos mais pequenos do mundo- mas também para aplicações mais sérias como o fabrico de moléculas com propriedades especiais - moléculas feitas “ao gosto do freguês”, nomeadamente com funções de sensores ou reparadores - ou materiais com propriedades únicas - por exemplo, obtidos por incorporação de certas moléculas no interior de um substracto. Há quem imagine, por exemplo, a possibilidade de desobstrução de vasos sanguíneos por nanorobôs feitos à medida, evitando assim a morte por enfarte. E há também quem imagine telhas feitas de materiais com propriedades fotovoltaicas, que não só protegem da chuva como aproveitam o sol.

Nanotecnologia e suas outras utilidades ;

Evidentemente, esta tecnologia não foi criada somente para ajudar na informática, mas para revolucionar de maneira geral em qualquer área onde fosse necessário. Pode-se relatar a aplicação da nanotecnologia na Medicina, na Química, na Física quântica, nas indústrias que criam protótipos aeroespaciais, refinarias e muitas tantas outras áreas.
Na medicina, por exemplo, temos aparelhos para diagnosticar determinadas doenças, as quais não podem ser detectadas apenas com base em sintomas e exames comuns. Além disso, a nanotecnologia é muito utilizada para criar remédios, afinal, trabalhar com componentes químicos de tamanho tão pequeno, exige uma tecnologia minúscula o suficiente.

Aplicando a Nanotecnologia ;

A Nanotecnologia é aplicada em mais de 800 produtos atualmente, como por exemplo o computador.
Os processadores de computador são, provavelmente, os componentes eletrônicos que mais se utilizam da nanotecnologia. Encontra-se no atual mercado processadores de 45 nm, os quais possuem uma tecnologia muito avançada para poder trabalhar em alta velocidade. Evidentemente, o processador não tem dimensões em nanômetros, mas as peças dentro dele são desta escala minúscula. Além dos processadores, as placas de vídeo têm vários componentes nanoscópicos. Tanto NVIDIA como ATI possuem processadores gráficos (os famosos GPUs) elaborados com tecnologia nano.

O Nanômetro ;

Um Nanômetro equivale a um bilionésimo de metro.
Por exemplo: a Lua tem 3474800 m (3.474,8 km), uma bola de futebol tem 0,29 m (29 cm) e uma moeda de 1 centavo tem aproximadamente 1,7 cm.
Se pudéssemos aumentar medidas numa mesma porção, ao aumentar o nanômetro ele deveria ficar com o tamanho de uma bola de futebol. Em compensação, uma moeda de 1 centavo seria maior que a Lua. Ou seja a relação entre um nanômetro e uma moeda de 1,2 cm seria o mesmo que comparar uma bola de futebol com a Lua, fantástico, não?
Essa tecnologia só existe em laboratórios e indústrias com equipamentos de alta precisão pois são necessárias máquinas muito precisas para trabalhar com componentes tão pequenos, os quais são invisíveis aos nossos olhos.

O termo ''Nanotecnologia" ;

Embora o marco inicial tenha sido em 1959, foi em 1974, que o japonês Norio Taniguchi criou o termo "NANOTECNOLOGIA".
A palavra nanotecnologia foi popularizada na década de 1980, quando Eric Drexler, do Foresight Institute, se referiu à construção de máquinas em escala molecular, de apenas uns nanômetros de tamanho como braços de robô, motores e computadores, muito menores que uma célula. Drexler passou os seguintes dez anos a descrever e analisar esses incríveis aparelhos e a dar resposta às acusações de ficção científica. No entanto, a tecnologia convencional estava a desenvolver a capacidade de criar estruturas simples à escala reduzida.

Marco inicial ;

O ano de 1959 é considerado o marco inicial da nanotecnologia, no dia 29 de dezembro deste ano, o conceituado físico e Nobel norte-americano Richard Feynman proferiu na reunião anual da American Physical Society, realizada no Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), a palestra intitulada “There’s plenty of room at the bottom” (“Há mais espaços lá embaixo”). Feynman discutiu as possibilidades, vantagens e mudanças com a obtenção de materiais em nanoescala. Um exemplo foi a idéia de ser possível condensar na cabeça de um alfinete, os 24 volumes da Enciclopédia Britânica, sugerindo desta maneira, que muitas descobertas seriam realizadas com a obtenção de materiais em escala atômica e molecular. Feynman também se referiu a diferentes objetos e áreas científicas, que poderiam ser otimizadas com o desenvolvimento da tecnologia em nanoescala, tais como computadores mais rápidos e avanços nas ciências biológicas.
Contudo, só nos anos 80 o visionarismo de Feynman começou a encontrar condições de apoio econômico e de investimento científico e tecnológico para começar a tornar-se realidade.

Desde a Idade Média ;

A nanotecnologia já estava presente na Idade Média, em que a cor dos vidros eram dependentes da resposta ao efeito do espalhamento da luz, sobre as nanopartículas de diferentes tamanhos dos aditivos metálicos adicionados ao vidro. Em geral, sais de ouro e prata eram utilizados em tempos medievais para colorir vidros utilizados em janelas de igrejas. As partículas de prata eram utilizadas para fornecer ao vidro coloração amarela, enquanto partículas de ouro eram empregadas para fornecer ao vidro coloração vermelha.
Da mesma maneira, a indústria Romana do século IV a.C. utilizou-se desses sofisticados aditivos para a produção de um vidro multicolor, que foi empregado na obtenção do famoso vaso de Licurgo. Com a junção de pó de ouro e prata ao vidro, o mesmo assumiu uma coloração diversa de acordo com a reflexão da luz em contato com a superfície do vaso. As cores observadas em sua maioria eram laranja, vermelho, metálico, lilás e roxo, sendo dependentes do tamanho das nanopartículas de ouro.